Todo mundo quer se alimentar de forma saudável, mas há muitos mitos e informações falsas circulando por aí. Confira alguns desses mitos:
1. Granola é saudável?
Sim, cereais são ótimos para a saúde, mas a granola encontradas nos supermercados normalmente consiste de cereais cobertos em doses generosas de açúcar e óleo, para dar sustento ao alimento. A quantidade adicionada varia conforme o fabricante, mas pode ter certeza que uma tigela de granola industrializada será muito mais doce e gordurosa 0do que uma tigela de cereal ao natural, minando o rótulo de “saudável” que estes alimentos normalmente recebem.
2. Laranja é a melhor fonte de Vitamina C.
Muito mais do que um simples reforço imunológico, a vitamina C é um antioxidante que desempenha uma série de funções importantes em nosso corpo. Mas o corpo não consegue armazenar a vitamina C, então é melhor um suprimento constante de doses instantâneas. A laranja, apesar de ser uma boa fonte, não é de maneira alguma a melhor. Para 70 calorias, uma laranja dá cerca de 70 microgramas de vitamina C. Veja cinco fontes com a mesma quantidade de vitamina C, porém com menos calorias:
- Mamão, ¾ xícara (50 calorias)
- Couve de Bruxelas, 1 xícara (40 calorias)
- Morangos, 7 unidades grandes (40 calorias)
- Brócolis, ½ talo (25 calorias)
- Pimentão Vermelho, ½ pimenta média (20 calorias)
3. Chocolate faz mal.
O cacau é um alimento repleto de flavonoides, que aumentam o fluxo de sangue e liberação de endorfinas. Além disso, ele contém um tipo de gordura saturada saudável chamada ácido esteárico, o qual aumentam o “bom” colesterol (HDL). O grande problema é o chocolate ao leite, que contém quantidades absurdas de açúcar. Ao invés dele, procure o chocolate escuro. Uma barra com no mínimo 60% de cacau já é suficiente, mas quanto mais cacau (e, consequentemente, menos açúcar), mais “chocolate de verdade” ele é, melhor para sua saúde.
4. Produtos com ‘zero de gordura trans’ estão livres desse veneno.
A ANVISA permite que as empresas anunciem alimentos como “zero de gordura trans” mesmo quando eles tiverem até 0,2 g de tal gordura por “porção”. Porém, quem determina o tamanho da “porção” é o próprio fabricante, gerando espaço para ampla manipulação de informação. Por exemplo, um famoso biscoito nacional anunciado como zero trans, tem a porção definida como “2,5 biscoitos”. Se cada porção estiver próxima do limite de 0,2 g de gordura trans, o pacote pode conter até 1,2 g de gordura trans no total, aproximando-se do limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde de 2,0 g de gordura trans por dia.
5. Alimentos rotulados como ‘baixo teor de gordura’ são saudáveis.
O termo “baixo teor de gordura” normalmente é sinônimo de “carregado com sal e carboidratos baratos.” Para substituir o sabor e a textura da gordura que foi retirada do alimento, as empresas normalmente incluem a maltodextrina, um carboidrato de digestão rápida. Carboidrato de rápida digestão aumenta a glicemia no sangue e causa um desequilíbrio de insulina, causando fome mais rapidamente, prejudicando muito seus esforços de emagrecimento. Além disso, “cortar gorduras” não deve ser tomada como um lema de boa saúde, já que muitas delas são importantes para o bom funcionamento do coração.
6. Ovos fazem mal para o coração.
Sim, é verdade que o ovo é rico em colesterol (cerca de 200 mg cada). Para a maioria de nós, o colesterol que ingerimos em ovos ou qualquer outro alimento não têm um grande impacto no colesterol no sangue: o corpo simplesmente compensa fabricando menos do próprio colesterol. Aliás, pesquisas recentes mostram que ovos são um dos mais nutritivos alimentos do planeta, não estando associados a maior risco de ataques cardíacos.
7. Comer carboidratos à noite engorda.
Estudos recentes separaram 2 grupos de pessoas, com dietas contento a mesma quantidade de carboidratos diárias, porém um desses grupos consumindo os carboidratos quase que totalmente no período noturno. Depois de 6 meses, não houve diferença de peso entre os dois grupos. É verdade que dietas pobres em carboidrato promovem emagrecimento nos meses iniciais (assim como qualquer outra dieta restritiva!), mas os ganhos não são sustentados no longo prazo. Além disso, se você cortar os chamados alimentos com “bons carboidratos” (tais como cereais integrais, feijões, frutas e legumes), você estará perdendo a principal fonte de “combustível” do organismo, assim como fibras e importantes nutrientes.
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