Difícil arranjar um exercício mais completo do que a natação – o exercício trabalha os músculos do corpo todo, exige melhora da respiração e estimula o condicionamento cardiovascular. Mas um estudo da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, conseguiu encontrar uma atividade ainda mais eficiente: o bale clássico. A equipe de pesquisadores comparou o desempenho de membros da famosa academia Royal Ballet com o de nadadores da seleção olímpica britânica. Os bailarinos apresentaram melhores resultados em sete de dez medidas de condicionamento físico analisadas, como equilíbrio psicológico, flexibilidade e equilíbrio corporal.
A técnica é indicada tanto para crianças como para adultos por ser uma atividade física que trabalha todo o corpo,como poucas modalidades esportivas fazem.
7 motivos para escolher o balé como o seu exercício físico
Respiração de atleta
Dançar uma música clássica é calmo para quem assiste, mas quem dança escorre suor e precisa de um fôlego danado para terminar uma coreografia cheia de saltos, piruetas e outros passos difíceis.
Por isso, faz parte das aulas aprender a respirar aproveitando o máximo possível da capacidade do diafragma: coloque a mão um pouco acima da sua cintura e procure inspirar pelo nariz, empurrando a mão para fora. Na hora de soltar o ar, contraia como se quisesse encostar uma mão na outra.
Postura perfeita
Dor nas costas causada pela má postura é um problema que dificilmente perturba bailarinos. O balé clássico trabalha os principais grupos musculares responsáveis pela manutenção da postura, que são a musculatura abdominal, peitoral e das costas.
Os alunos são estimulados a manter a postura correta, com abdômen contraído, quadril ‘encaixado’ e coluna alinhada. Esse alinhamento de todo o corpo faz com que garante um ótimo equilíbrio corporal.
Músculos trabalhados
Engana-se quem acredita na aparência frágil dos bailarinos. “O balé promove hipertrofia, ou seja, aumenta e fortalece os músculos tanto quanto a musculação”, afirma o ortopedista Marcelo. Além de toda a musculatura responsável pela postura, Mariana Bastos afirma que a técnica estimula tantos os membros inferiores quanto superiores, por conta de exercícios de salto, sustentação em determinadas posições e força nos braços para carregar as bailarinas (nos casos dos homens).
Barriga chapada
Bailarino com barriga saliente é algo raro de ser ver. Primeiro porque a postura correta é cobrada o tempo todo nas aulas, o que inclui encolher a barriga. Segundo, porque é uma atividade física como qualquer outra que proporciona queima de calorias. Para conseguir bons resultados, no entanto, é preciso fazer aulas regularmente, de duas a três vezes por semana, no mínimo.
Flexibilidade
Não adianta ser apenas forte ou ter músculos elásticos, é preciso ter equilíbrio muscular. Nesse ponto, o balé pode ser melhor até que a musculação de academia, porque alonga e trabalha os músculos ao mesmo tempo.
Como resultado, os grupos musculares não ficam encurtados e há menor risco de lesões. A flexibilidade é trabalhada em todos os exercícios de balé porque os movimentos precisam ser realizados com grande amplitude.
Bem-estar e percepção corporal
Por ser ao mesmo tempo uma atividade prazerosa – os movimentos acontecem de acordo com o compasso da música – e um exercício físico que libera endorfina, uma substância responsável pelo prazer, o balé proporciona muito bem-estar.
Agilidade e coordenação motora
Conforme o aluno consegue aprender e executar os exercícios básicos de balé, os passos vão ficando mais difíceis. A complexidade dos movimentos aumenta em cada estágio, exigindo cada vez mais agilidade e coordenação motora Também é preciso dominar bem a técnica porque, por mais que os exercícios sejam difíceis de executar, o bailarino precisa realizar cada movimento de forma leve e sutil, sem mostrar o esforço que está fazendo.